A ilusão imposta pela auto-intitulada identidade de gênero

29/03/2019

Antes que se torne, de facto, proibido discordar desta disforia de gênero coletiva, intitulada de movimento LGBT, oriunda de um consciente coletivo desinformado e desestruturado, vou deixar exposto alguns pontos essenciais sobre o assunto. 

Primeiramente, antes de discutirmos sobre gênero, temos que ter uma melhor compreensão de que existe a presença de ambas as polaridades feminina e masculina em todo ser vivo. Tais polaridades estão presentes em tudo e contrabalanceiam inclusive a psique e conduta humana, Carl Jung, um psicólogo de renome, nos trouxe a teoria do Animus e Anima para melhor explicar estas polaridades e suas funções no nosso comportamento.


"Cada homem sempre carregou dentro de si a imagem da mulher; não é a imagem desta determinada mulher, mas a imagem de uma determinada mulher. Essa imagem, examinada a fundo, é uma massa hereditária inconsciente, gravada no sistema vital e proveniente de eras remotíssimas; é um "tipo" ("arquétipo") de todas as experiências que a série dos antepassados teve com o ser feminino, é um precipitado que se formou de todas as impressões causadas pela mulher, é um sistema de adaptação transmitido por hereditariedade. Se já não existissem mulheres, seria possível, a qualquer tempo, indicar como uma mulher deveria ser dotada do ponto de vista psíquico, tomando como ponto de partida essa imagem inconsciente. O mesmo vale também para a mulher, pois também ela carrega igualmente dentro de si uma imagem inata do homem. A experiência, porém, nos ensina a sermos mais exatos: é uma imagem de homens, enquanto que no homem se trata de uma imagem da mulher. Visto esta imagem ser inconsciente, será sempre projetada, inconscientemente, na pessoa amada; ela constitui uma das razões importantes para a atração passional ou para a repulsa. A essa imagem denominei anima." (JUNG, Carl Gustav. O desenvolvimento da personalidade. Petrópolis: Vozes, 2009).


Anima é o lado feminino da personalidade e Animus é o lado masculino. A anima está em congruência com as nuances das emoções e em como lidar com o meio e sentir sua reciprocidade em termos de receptividade. O animus por sua vez segue a linha do raciocínio lógico buscando opiniões determinantes e dados apurados para alcançar uma noção perfeita do meio. Enquanto que a parte feminina lida primariamente com o Eros (desejo), a parte masculina segue focada no Logos (estudo).

Ainda para suplementar tal análise, de acordo com Hermes Trimegistus, um renomado filósofo e cientista de eras anteriores, existe uma lei universal chamada lei da polaridade, tal lei denomina que tudo possui dois lados, duas polaridades, também podemos reforçar o caso com a simbologia do Yin-Yang, concepção elaborada no taoísmo chinês, que explica a presença de duas polaridades em tudo no universo, balanceando seus dois polos para manter o equilíbrio, considerando também os polos feminino e masculino. 

Para reforçar o caso da estruturação da personalidade de acordo com as polaridades, temos ainda Emma Jung com adendos dos pontos dados por Carl Jung nesta citação relativa ao Animus e Anima.

"O caráter dessas duas figuras não é, entretanto, determinado apenas pela respectiva estruturação no sexo oposto, sendo condicionado ainda pelas 'experiências que cada um traz em si do trato com indivíduos do sexo oposto no decurso de sua vida e através da imagem coletiva que o homem tem da mulher e a mulher do homem. Estes três fatores condensam-se numa grandeza que não é apenas imagem nem somente experiência, e sim muito mais uma espécie de essência cuja ação se dirige não às demais funções anímicas, mas que se comporta ativamente e que intervém na vida individual mais ou menos como um estranho, às vezes prestativo, mas às vezes também incômodo e até mesmo destrutivo. Tem-se portanto todos os motivos para se lidar com esta grandeza e esclarecer sua maneira de atuação." (JUNG, Emma. Animus e Anima: Pensamento, São Paulo: 2005).


Tendo estes pontos em consideração, podemos analisar que ambas as polaridades do sexo humano sempre estiveram presentes em todas as pessoas, todavia a polaridade representante e dignificante sempre será aquela que se manifesta no próprio corpo de nascença, e quando a polaridade oposta ao do corpo se sobressai na psiquê da pessoa em questão, é porque a polaridade natural está sendo reprimida, rechaçada ou simplesmente ignorada, seja por traumas ou ideologia extremista, seja por induções e influências provindas de lavagem cerebral midiática ou virtual, seja por manipulações extra-sensoriais advindas de "forças externas" ou pelo condicionamento comportamental, que pode ser explicado pelo behaviorismo, ciência onde se prova que vários impulsos individuais são condicionados pelo consciente coletivo dominante em qualquer que seja o determinado grupo social.


Vale ressaltar que a invenção e normalização de contraceptivos, concepções artificiais de bebês e modificiações genéticas das variações hormonais levaram certas nichos da sociedade à crerem num falso senso de escolha infinita do que diz respeito ao desenvolvimento do próprio corpo, levando a crer na ilusão de que o corpo é maleável aos ímpetos da mente de forma absoluta. Pois da mesma forma que uma sociedade saudável deve se adaptar à natureza em seu entorno, uma mente saudável deve se adaptar ao seu próprio corpo.


E ainda que tentem justificar tal comportamento autodestrutivo declarando que este pode ser visto no restante do reino animal, existem diversos outros comportamentos prejudiciais que também podem ser vistos neste mesmo reino, tal qual infanticídio, autofagia e até canibalismo. E ainda que tentem justificar tal comportamento declarando que é um impulso que não podem resistir, é melhor considerar que, por ser um impulso manipulado, pode ser revertido ao se focar no impulso contrário. E ainda que tentem justificar a possibilidade da versatilidade do sexo humano usando pessoas hermafroditas como exemplo, vale lembrar que tais pessoas não possuem o uso de ambos os sexo, onde um desses sexos não passa de uma malformação do corpo e que exceções não fazem a regra. E ainda que tentem justificar ao dizer que gênero é uma construção social, é justamente este mesmo motivo que podemos dizer que seja lá o que eles se intitularem não passa de uma construção social.


Para além de tais pontos mencionados, vale ressaltar que é IMPOSSÍVEL MUDAR DE SEXO.


Considerando então tais factos, podemos dizer que a teoria atual de diversos gêneros é falha por ser baseada em falsos pretextos, como o de um indivíduo estar inclinado para apenas uma das polaridades enquanto existe num corpo de polaridade oposta, quando na verdade possuímos ambas as polaridades, independente de nosso corpo, e que por isso bastaria que nos atentássemos ao polo reprimido para nutri-lo de alguma forma, ao invés de ignorar uma parte da própria persona, chegando por vezes ao ponto de modificar radicalmente o próprio corpo, mutilando as genitálias e tomando hormônios, para supostamente alcançar a polaridade desejada, quando isso nunca seria possível por questões de DNA incompatível. Criando assim uma criatura incógnita que não é nem homem nem mulher e que por isso irá sofrer pelo resto da vida, mesmo que tente dissimular tal situação com auto-exposições de exagerada eloquência, e tudo isso graças à motivação de quem se achava no direito de dar suporte à tal pessoa nessa transição inútil e insensata.

Pessoas essas que, por motivos de fragilidade emocional refletida em suas opiniões, necessidade artificial de aceitação num determinado grupo desequilibrado ou pura malícia, incentivam este comportamento com tendências automutiladoras nos que buscam significado para a própria identidade, o que importa no final é que os factos devem sempre ser apurados e nunca abafados com o intuito de agradar os devaneios alheios.


Em outra instância relacionada ao âmbito geral da questão de gênero, devemos analisar que a igualdade sexual é a base irredutível do gênero humano, independente de qual sexo temos, todos possuímos igual propriedade de dedução e conciliação com o meio, podendo assim representar e organizar qualquer situação hipotética ou real do que possa moldar a sociedade como um todo, sendo assim homens e mulheres ambos possuem todas as capacidades necessárias para instaurar ordem e avanço na própria edificação do meio coletivo.


BIBLIOGRAFIA:

JUNG, Carl Gustav. O desenvolvimento da personalidade. Petrópolis: Vozes, 2009

JUNG, Emma. Animus e Anima. São Paulo: Pensamento, 2005

Vários Autores. O Caibalion. São Paulo: Pensamento, 2017

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